Como escolher o melhor método contraceptivo para você
A contracepção é o conjunto de métodos que visam prevenir uma gravidez indesejada. A escolha do melhor método contraceptivo para você depende de vários fatores, como:
• A eficácia do método, que é a capacidade de evitar a gravidez. A eficácia pode variar de acordo com o uso correto e consistente do método.
• A segurança do método, que é a ausência de riscos ou efeitos colaterais graves para a saúde. A segurança pode variar de acordo com as condições clínicas e os antecedentes pessoais e familiares de cada pessoa.
• A aceitabilidade do método, que é o grau de satisfação e adaptação ao método. A aceitabilidade pode variar de acordo com as preferências, os valores, as crenças e as expectativas de cada pessoa.
• A reversibilidade do método, que é a possibilidade de interromper o uso do método e recuperar a fertilidade. A reversibilidade pode variar de acordo com o tempo e a forma de uso do método.
• A proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (IST), que são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos que podem ser transmitidos pelo contato sexual. A proteção contra as IST pode variar de acordo com o tipo e a forma de uso do método.
Os principais tipos de métodos contraceptivos são:
• Métodos hormonais: são métodos que utilizam hormônios sintéticos (estrogênio e/ou progesterona) para inibir a ovulação, alterar o muco cervical e impedir a implantação do óvulo fecundado no útero. Os métodos hormonais podem ser orais (pílula), injetáveis (mensal ou trimestral), transdérmicos (adesivo), vaginais (anel) ou subcutâneos (implante). Os métodos hormonais têm alta eficácia, mas podem causar efeitos colaterais como alterações no ciclo menstrual, dor de cabeça, náuseas, ganho de peso, entre outros. Os métodos hormonais também podem ter contraindicações para pessoas com doenças cardiovasculares, hepáticas, tromboembólicas, entre outras. Os métodos hormonais não protegem contra as IST.
• Métodos intrauterinos: são métodos que utilizam um dispositivo colocado dentro do útero para impedir a gravidez. Os métodos intrauterinos podem ser de cobre (DIU) ou hormonal (SIU). O DIU de cobre tem um mecanismo de ação espermicida, inflamatório e anti-implantatório. O SIU libera progesterona, que atua espessando o muco cervical e afinando o endométrio. Os métodos intrauterinos têm alta eficácia e longa duração (de 3 a 10 anos), mas podem causar efeitos colaterais como alterações no ciclo menstrual, cólicas, infecções, perfurações ou expulsões. Os métodos intrauterinos também podem ter contraindicações para pessoas com doenças inflamatórias pélvicas, sangramentos uterinos anormais, malformações uterinas, entre outras. Os métodos intrauterinos não protegem contra as IST.
• Métodos de barreira: são métodos que utilizam uma barreira física ou química para impedir o contato entre os espermatozoides e o óvulo. Os métodos de barreira podem ser masculinos (preservativo ou camisinha) ou femininos (preservativo feminino, diafragma, esponja ou espermicida). Os métodos de barreira têm eficácia moderada, mas dependem do uso correto e consistente em cada relação sexual. Os métodos de barreira podem causar alergias, irritações ou infecções em algumas pessoas. Os métodos de barreira são os únicos que protegem contra as IST.
• Métodos naturais: são métodos que utilizam o conhecimento do ciclo menstrual e dos sinais de fertilidade para identificar os dias férteis e inférteis da mulher e evitar relações sexuais ou usar outro método nos dias férteis. Os métodos naturais podem ser baseados na temperatura basal, no muco cervical, no calendário ou na combinação desses fatores. Os métodos naturais têm baixa eficácia, pois dependem de um ciclo menstrual regular e de uma observação precisa e contínua dos sinais de fertilidade. Os métodos naturais não causam efeitos colaterais ou contraindicações, mas exigem disciplina, cooperação e abstinência periódica. Os métodos naturais não protegem contra as IST.
• Métodos definitivos: são métodos que utilizam uma cirurgia para interromper definitivamente a capacidade reprodutiva de homens ou mulheres. Os métodos definitivos podem ser masculinos (vasectomia) ou femininos (laqueadura). A vasectomia consiste no corte e ligadura dos ductos deferentes, que conduzem os espermatozoides dos testículos à uretra. A laqueadura consiste no corte e ligadura das trompas de Falópio, que conduzem os óvulos dos ovários ao útero. Os métodos definitivos têm alta eficácia, mas não são reversíveis na maioria dos casos. Os métodos definitivos podem causar complicações cirúrgicas, como infecções, hemorragias ou lesões de órgãos adjacentes. Os métodos definitivos também podem ter contraindicações legais, éticas ou religiosas. Os métodos definitivos não protegem contra as IST.
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